Resumo – A Leishmaniose visceral é uma doença endêmica que traz graves riscos à saúde pública. O artigo tem como objetivo conscientizar a população acerca dos riscos da doença, além de demonstrar o desconhecimento geral da população em relação à enfermidade. Para escrever o artigo, foi realizado um levantamento bibliográfico de artigos científicos e plataformas digitais governamentais. Ademais, foi feito um questionário no “Google forms“ sobre os conhecimentos básicos da doença. Os resultados do questionário foram comparados com outros artigos e autores. Os dados obtidos mostram que os indivíduos entrevistados desconhecem as informações básicas e necessárias sobre a doença. Logo, é preciso que haja o fortalecimento em educação em saúde da população e de profissionais da área acerca da doença. Sendo assim, deve-se aumentar a visibilidade da enfermidade e da semana de combate contra a Leishmaniose visceral, a fim de conscientizar e acelerar o tratamento e diagnóstico da doença.
Palavras-chave: Leishmaniose visceral. Doença endêmica. Zoonoses. Vigilância epidemiológica. Leishmania chagasi
Abstract – Visceral leishmaniasis is an endemic disease, being a serious problem for public health. The article has the objective to inform the population about risks of the disease, besides this shows that popular lack of knowledge about the illness. To write the article, a bibliographic survey of scientific articles and governments digital platforms was done. Moreover, a questionnaire was done on Google forms about the basic knowledge of the Paraiba Valley people about the illness. The results of the questionnaire were compared with other articles and authors. The data collected shows that the respondents don’t know the basic and necessary knowledge about Visceral leishmaniasis. Therefore, it’s necessary to strengthen health education for the population and professionals of the area about the illness. Then, it must increase visibility of disease and the week combat against the Visceral leishmaniasis, to be aware and accelerate treatment and diagnosis for the population.
Keywords: Visceral leishmaniasis. Endemic disease. Zoonotic diseases. Epidemic vigilance. Leishmania chagasi
A Leishmaniose visceral é uma zoonose endêmica que está presente em todo território nacional. No Brasil, a doença afeta 3.500 pessoas por ano, sendo 200 cães a cada humano infectado(BOGIANI e OLIVEIRA, 2020). Apesar do número de infectados, mortes e programas de controle, a doença continua e é pouco conhecida pela população. A leishmaniose visceral é uma enfermidade de grande risco à saúde pública, que causa inúmeras mortes por ano.
Os resultados obtidos mostram que a maior parte dos entrevistados ainda desconhecem assuntos relacionados à Leishmaniose Visceral. Sendo assim, é necessário aumentar a visibilidade da doença, fortalecer e/ou implementar medidas de educação em saúde, a fim de amenizar os problemas atuais em relação à doença (LUZ et al., 2017).
Os métodos utilizados para desenvolver o artigo foram o levantamento bibliográfico para informar e concretizar sobre os aspectos e informações importantes sobre a doença. Além disso, foi feito um formulário no “Google forms” com 5 perguntas básicas sobre a Leishmaniose visceral, as quais foram respondidas pela população. Os resultados obtidos foram comparados com os de outros artigos e autores (RODRIGUES, SOUZA e SUZUKI, 2021).
O artigo tem como principais objetivos conscientizar, informar e compartilhar dados e informações com a população sobre a desconhecida doença e trazer contribuições à comunidade científica. A fim de ressaltar a importância de saber mais sobre a Leishmaniose e prevenir-se contra a doença.
Foi realizado um levantamento bibliográfico em plataformas científicas como o Google Acadêmico, sites governamentais como Vigilância Sanitária para escrever as informações que constam no artigo, obtenção de dados através de 5 perguntas feitas no “Google forms” e comparação dos dados obtidos com os resultados de outros autores (BORGES et al., 2008). Pesquisa realizada de forma aleatória e voluntária em moradores do Vale do Paraíba (SP), com participantes não identificados conforme a Resolução 510/2016 que diz: “pesquisa de opinião pública com participantes não identificados não necessitam de apreciação ética pelo CEP“, no qual referia-se aos conhecimentos básicos dos moradores em paralelo com a Leishmaniose visceral. Os dados coletados dos entrevistados estão sendo comparados com os resultados obtidos de outros artigos ou usando o material disponível para concretizar o estudo (RODRIGUES, SOUZA e SUZUKI, 2021).
A pesquisa realizada de forma aleatória e voluntária em moradores do Vale do Paraíba (SP), com participantes não identificados conforme a Resolução 510/2016 que diz: “pesquisa de opinião pública com participantes não identificados não necessitam de apreciação ética pelo CEP“, no qual referia-se aos conhecimentos básicos dos moradores em paralelo com a Leishmaniose visceral. Os dados coletados das 5 perguntas presentes no formulário, estão sendo comparados com os resultados obtidos de outros artigos ou usando o material disponível para concretizar o estudo.
O principal vetor de transporte da Leishmaniose visceral no Brasil é o Lutzomyia longipalpis, popularmente conhecido como mosquito-palha ou birigui, na qual as fêmeas são responsáveis por transmitir o protozoário através da picada por busca de sangue em cães e pessoas. Os flebotomíneos vivem em sua maioria nas matas, contudo o desmatamento e urbanização constante contribuíram para disseminação do mosquito para as zonas urbanas.
O flebotomíneo é atraído por matéria orgânica em decomposição como: fezes, folhas, frutas, e entulho. Dessa forma, é necessário o manejo ambiental e limpeza urbana para controlar a disseminação do inseto nas áreas urbanizadas.
A Leishmaniose visceral é uma zoonose, na qual afeta humanos, canídeos e marsupiais. Nas zonas urbanas, o principal reservatório é o cão doméstico, pois apresentam relações de proximidade com os seres humanos e sua alta carga parasitária cutânea quando sintintomático. Fazendo com que sejam fundamentais para a disseminação da doença, dessa forma ameaçando a saúde pública nas áreas endêmicas. Os cães contaminados pela doença podem ou não sentir sintomas, entretanto em ambos os casos continuam sendo reservatórios do parasita.
De acordo com Silva (2007), a Leishmaniose visceral canina pode causar alterações neurológicas como: letargia, convulsões, mioclonias, nistagmo, tremores, paralisia de mandíbula, ptose labial, andar em círculos, tetraparesia, rigidez raquial e cervical. Além disso, o animal pode desenvolver: inflamação miningial crônica, atrofia muscular, lesões osteolíticas e osteoproliferativas, pneumonia intersticial crônica e difusa.
Para evitar que o parasitária dissemine, é necessário tomar algumas medidas em relação aos cães, tais como: a eutanásia de cães contaminados, controle de cães errantes, vacinação dos animais domésticos e tratamento contra a carga parasitária.
Educação da população e dos profissionais de saúde
Educação em saúde é uma das principais formas de se combater a propagação da Leishmaniose visceral, já que através dela que se facilita o acesso de informações da população em relação a doença, sendo assim é possível realizar o tratamento e diagnóstico precoce, evitar a propagação dos flebotomíneos por meio do manejo ambiental e resguardar os animais domésticos.
Atualmente, o Governo Federal não incentiva nenhum programa de educação em saúde de Leishmaniose visceral, todavia o Ministério da Saúde (2006) e Marcino et al. (2018) da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul realizam ou recomendam projetos que eduquem profissionais e o resto da população.
Marcino et al. (2018) da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul realizam o projeto “LeishNão” que visa educar a população do estado do Mato Grosso do Sul. Alunos graduados e pós-graduados dos diversos cursos da área da saúde tem como objetivo realizar ações de educação em saúde, orientando a comunidade sobre a prevenção da Leishmaniose visceral humana e canina. O projeto realiza atividades educativas em saúde sobre as medidas profiláticas em escolas municipais e estaduais, em hospitais, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), entre outros.
Os alunos da universidade realizam várias atividades lúdicas, como teatro e jogos, feira de ciências, palestras, entrega de cartilhas e folders informativos com a função de orientar sobre a prevenção e o controle da Leishmaniose visceral. Consequentemente, atinge pessoas de todas as faixas etárias, de forma simples e informativa, fazendo com que a população se interesse em aprender sobre a importância da prevenção da doença (MARCINO et al. 2018).
Já o Ministério da Saúde (2006) recomenda a educação em saúde da população em conjunto com os profissionais da área da saúde através de: divulgação à população sobre a ocorrência da Leishmaniose visceral na região, alertando sobre os riscos e os serviços para diagnóstico e tratamento; capacitação das equipes, englobando conhecimento técnicos, os aspectos psicológicos e a prática profissional em relação à doença e aos enfermos; utilização de medidas profiláticas considerando o conhecimento da enfermidade, atitudes e práticas da população, relacionando às condições de vida e trabalho das pessoas; estabelecimento de relação dinâmica entre o conhecimento do profissional e o cotidiano das diferentes camadas sociais por meio da compreensão global do processo saúde/doença, no qual intervêm fatores sociais, ambientais, econômicos, políticos e culturais; realização das atividades de educação em saúde voltadas à Leishmaniose visceral dentro de um processo de educação continuada; desenvolvimento de ações de educação em saúde em conjunto com a população; realização de parcerias buscando a integração interinstitucional.
De acordo com o Ministério da Saúde (2021), os seguintes sintomas da Leishmaniose visceral são: febre de longa duração, esplenomegalia, hepatomegalia, anorexia, palidez, anemia, astenia, fraqueza, hemorragia, aumento do volume abdominal e emagrecimento.
Ao sentir qualquer um desses sintomas, é fundamental que o indivíduo procure por uma UBS para realizar o diagnóstico e tratamento da doença, o SUS oferece esses serviços de forma gratuita e com qualidade. Além disso, é necessário alertar a ANVISA sobre a presença da doença na região, já que por ser uma doença pertinente, significa que é uma enfermidade de grave risco à saúde pública.
O diagnóstico sorológico é realizado através da presença dos anticorpos anti Leishmania. Os anticorpos são a resposta imunológica contra a doença, todavia se fazem ausentes ou quase em infecções assintomáticas. Além disso, é um método menos invasivo, apesar da especificidade e sensibilidade serem mais variáveis. Atualmente, as técnicas mais comuns são a RIFI, ELISA, DAT e FAST. (DE SOUZA SILVA e WINCK, 2018; GONTIJO e MELO, 2004; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).
RIFI: A reação imunológica indireta (RIFI) expressa o número de anticorpos circulantes no organismo. Uma técnica de baixa especificidade e exige profissionais treinados para realizá-la, é uma reação dispendiosa e não adaptada para estudos epidemiológicos em larga escala. Contudo, há limitações durante seu uso, já que é possível haver a ocorrência de reações cruzadas com Leishmaniose tegumentar, doença de chagas, malária, esquistossomose e tuberculose pulmonar.
ELISA: O teste rápido imunocromatográfico expressa o número de anticorpos presentes no soro e atualmente é a técnica mais utilizada. É um teste rápido, fácil de execução e leitura, sendo um pouco mais sensível e um pouco menos específico que a RIFI. Por ser um teste sensível, acaba resultando na detecção de baixos de anticorpos, contudo é menos preciso na detecção de casos subclínicos ou assintomáticos.
DAT: O Direct Aggglutination Test (DAT) é uma técnica facilmente executável e de baixo custo, que consiste no uso de promastigotas íntegras, entretanto o controle de qualidade do antígeno e padronização do exame são complexas. O diagnóstico leva 18 horas para ficar pronto.
FAST: O Fast Agglutination Screening Test (FAST) é similar ao DAT, entretanto o tempo para ser finalizado é de 3 horas, enquanto o DAT leva em torno de 18 horas.
O diagnóstico parasitológico consiste na biópsia ou punção aspirativa do fígado, baço, medula óssea (procedimento mais seguro) ou linfonodos (quando assintomático o número de linfonodos é muito baixo). Através do material obtido deve-se realizar um esfregaço, histologia, meios de cultura ou inoculação de animais de laboratório. A microscópica é o teste “padrão ouro” para diagnosticar a Leishmaniose, já que a especificidade é de 100% e a sensibilidade é de 80%, o que evita falsos negativos ou positivos. Entretanto, a metodologia é invasiva, podendo machucar ou arriscar a vida do animal. (DE SOUZA SILVA e WINCK, 2018; GONTIJO e MELO, 2004; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).
Os métodos moleculares também podem ser utilizados para detectar os parasitos e monitorar o processo de cura pós tratamento. A técnica molecular mais utilizada é a Polymerase Chain Reaction (PCR). Através dela é possível detectar o DNA do parasita, a partir do sangue total, medula óssea, linfonodos, pele e raspado conjuntival (DE SOUZA SILVA e WINCK, 2018).
O diagnóstico molecular é uma técnica de biologia molecular para detectar e identificar parasitos do gênero Leishmania, sem precisar isolar o parasita em uma cultura. O teste molecular ocorre através da reação em cadeia da polimerase (PCR), tem como base a amplificação de oligonucleotídeos que formam uma sequência conhecida do parasito. O diagnóstico pode ser realizado em diferentes amostras, tais como medula óssea, linfonodos, sangue, urina e pele. Sendo uma grande vantagem, já que torna o exame menos invasivo.
A sensibilidade da PCR varia de acordo com a amostra utilizada na reação, bem como o iniciador usado. Em amostras de sangue total, apesar de ser uma das coletas menos invasivas, a sensibilidade mostra-se pior em relação aos outros tecidos. Os resultados falhos acontecem devido ao baixo número de parasitos presentes no sangue. Outrossim, a PCR mostra-se mais eficaz no início da infecção, posteriormente declina-se pela metade.
O método de PCR em tempo real, técnica desenvolvida por Christian A. Heid em 1996, pode ser usado para o diagnóstico da Leishmaniose visceral. O método consiste no monitoramento contínuo da amplificação do DNA do parasito, permitindo a quantificação dos parasitos por diferentes amostras. O PCR convencional apenas fornece resultados qualitativos, enquanto PCR em tempo real é capaz de fornecer uma gama de resultados refletindo a carga parasitária do animal (FARIA e ANDRADE, 2012).
O tratamento da Leishmaniose visceral pode ser realizado de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos não eliminam totalmente o protozoário do organismo, entretanto o ser humano não tem a mesma importância como reservatório, ao contrário do cão que se recomenda eutanásia nessas ocasiões (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).
O principal medicamento usado atualmente é o antimoniato, o remédio é capaz de provocar regressão rápida das manifestações clínicas e hematológicas da enfermidade, além de causar a esterilização da Leishmania. Contudo, devido às baixas dosagens e tratamentos descontínuos, o parasita tem tornado-se cada vez mais resistentes em relação às drogas. Ademais, são utilizados baixas dosagens devido à alta toxicidade do fármaco, durante 28 dias, os dosamentos diários não devem passar de 20 mg.
A anfotericina B é usada em tratamentos alternativos, no qual é possível retardar as manifestações clínicas e dar solução oportuna às infecções secundárias. Seu uso ocorre entre 30 a 40 dias, aplicando doses intravenosas de 15 a 20 mg de peso corporal. Contudo, é de alto custo e pode requerer semanas de hospitalização, exigindo uma rotina de acompanhamento clínico e laboratorial. Outrossim, é o tratamento mais utilizado na Índia, devido a resistência da população ao antimoniato (DE SOUZA et al., 2012).
As medidas profiláticas, são ações que podem ser tomadas a fim de evitar e precaver que a doença se dissemine. As principais profilaxias contra a Leishmaniose visceral é o manejo ambiental, o qual é realizado através de algumas ações como: limpeza e manuetenção períodica dos quintais, retirada de matéria orgânica em decomposição; descartar o lixo orgânico adequadamente; limpeza do local de habitação do animal doméstico; uso de inseticidas; uso de coleiras antiparasitárias; cultivo de cintronela ou neem, e por fim a vacinação do animal doméstico contra a doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021; CALVA e CORREA, 2020). Além disso, de acordo com RODRIGUES, SOUZA e SUZUKI (2021) a educação da população, controle químico do vetor e limpeza urbana, podem ser considerados como medidas profiláticas importantes.
Os resultados foram obtidos através de uma pesquisa realizada no “Google forms”, as respostas e dados adquiridos refletem o conhecimento básico populacional em paralelo à Leishmaniose visceral. (RODRIGUES, SOUZA e SUZUKI, 2021).
Figura 1 – Gráfico de conhecimento sobre a existência da Leishmaniose visceral
Dos 100 respondentes do Vale do Paraíba, 41% conhecem a Leishmaniose visceral e 59% não conhecem. De acordo com Luz et at. (2008); 95,6% dos entrevistados de Rondonópolis sabiam da existência da doença, apesar de não apresentarem suas características de forma correta.
Figura 2 – Gráfico de conhecimento sobre a eutanásia
Dos 100 respondentes do Vale do Paraíba, 22% têm conhecimento que a eutanásia é realizada em cães e gatos infectados, e 78% não tinham conhecimento sobre o procedimento. De acordo com Luz et al. (2017), no município de Rondonópolis – MS, cerca de 65,2% dos entrevistados conheciam a importância da eutanásia para o controle das doenças.
Figura 3 – Gráfico de conhecimento das medidas profiláticas
Dos 100 respondentes do Vale do Paraíba, 19% conhecem as medidas profiláticas e 81% as desconhecem. De acordo com Borges et al. (2008), 77,8% dos entrevistados do estado do Maranhão, não sabiam como prevenir a Leishmaniose visceral.
Figura 4 – Gráfico da presença de cães em residências
Dos 100 respondentes do Vale do Paraíba, 41% dos entrevistados dizem ter 1 cão, 9% dizem ter 2 cães, 3% afirmam ter 3 cães ou mais e 47% das residências são ausentes de cães. De acordo com o Ministério da Saúde (2021), no ambiente urbano, os cães são os principais reservatórios da Leishmania chagasi, o protozoário causador da Leishmaniose visceral.
Figura 5 – Gráfico de cães vacinados
Dos 100 respondentes do Vale do Paraíba, 36% dos entrevistados não têm cães, 37% dizem ter seus cães vacinados contra a Leishmaniose visceral e 27% não têm seus cães vacinados. De acordo com o Ministério da Saúde (2021), a vacina é o método mais eficaz para evitar a infecção por Leishmaniose visceral.
Com base na leitura dos gráficos sobre a Leishmaniose visceral, é possível apontar algumas questões para análises e discussões mais elaboradas a respeito do conhecimento populacional em relação à doença.
De acordo com RODRIGUES, SOUZA e SUZUKI (2021) a figura 1, a maioria dos respondentes do Vale do Paraíba responderam que desconhecem a doença, enquanto na pesquisa feita por Luz et al. (2017) 95,6% dos entrevistados rondonopolitanos conhecem a Leishmaniose visceral e Borges et al. (2008), afirma que os entrevistados belo-horizontinas têm conhecimentos superficiais em relação a enfermidade. Na figura 2,78% dos 100 respondentes não conheciam a importância da eutanásia como forma de controle da doença, entretanto de acordo com Luz (2017), 65,2% dos entrevistados rondonopolitanos conhecem a importância da eutanásia em cães infectados. Figura 3,81% dos 100 respondentes vale paraibanos dizem desconhecer as medidas profiláticas contra a Leishmaniose visceral, enquanto Borges et al. (2008), afirma que 77,8% dos entrevistados maranhenses não sabem quais são as medidas de prevenção contra a doença.
A partir da comparação feita com outros autores, é possível perceber que os resultados são semelhantes. Sugerindo que os resultados são um panorama nacional, os quais mostram que há prevalência no desconhecimento e falta de informações acerca da doença.
Nesse sentido, o fato de a população ser leiga em relação ao assunto deve ser averiguado em todo o território nacional, já que a Leishmaniose visceral é endêmica na maioria das regiões brasileiras.
O trabalho desenvolvido centrou-se nos conhecimentos básicos da população vale paraibana sobre a Leishmaniose visceral obtidos através de um questionário no “Google forms” e comparando seus resultados com os de outros artigos, além do levantamento bibliográfico para conscientizar e informar o leitor.
A discussão introduzida no artigo aponta que grande parte da população desconhece a doença, suas medidas profiláticas e seus riscos. Sendo assim, é necessário que medidas governamentais sejam tomadas, para que a leishmaniose visceral tenha mais visibilidade e destaque, já que se trata de uma doença de grave risco à saúde pública. (RODRIGUES, SOUZA e SUZUKI, 2021).
O desenvolvimento deste artigo contou com o suporte da instituição de ensino, da orientadora Daniela Santos e do coorientador Marco Aurélio Novaes, os quais foram importantes para realizar a escrita deste artigo científico. Essas pessoas ajudaram e orientaram durante momentos de dúvidas e impasses, dessa forma é possível dizer que também fazem parte deste grande projeto.
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